terça-feira, 25 de outubro de 2011

25/10/2011- Mostra de Cinema

De manhã, andar no parque com a minha amiga Ana pra queimar as calorias que consumi ontem devorando um diamante negro...


A tarde, me concentrar no meu trabalho ( sim, eu tenho um trabalho pra entregar no final de novembro!! : )))))

Esse ano tenho uma vantagem.
Posso ver a Mostra de Cinema.
Nos anos anteriores, nessa época eu sempre estava trabalhando... e muito.
Hoje vi "O que há de novo no amor", um filme português.
Filme leve, mas uma delicia. Adorei!
Na verdade, pelo filme, não há nada de novo no "amor", a não ser aquelas sumidinhas básicas dos "gajos", e aquela eterna insatisfação com a vida a dois e a eterna busca do parceiro perfeito ( que não existe!).

http://www.youtube.com/watch?v=YYUt6GFEOqE

E depois de dar voltas pra evitar o máximo a rua Augusta pra chegar ao cinema, não tive escapatória. Acabei nela de novo! Quando dei aquela olhadinha pra trás, decidindo se eu subia empurrando pela calçada, ou se conseguia um espaço ali, entre os carros, qual deveria ser o melhor caminho, pra minha sorte, o mesmo motorista de ônibus que foi gentil comigo outro dia, estava lá, e me deu sinal pra ir. Reconheci ele na hora.

Quando vi um monte de gente no ponto fazendo sinal ( quando acontece isso geralmente eu sinto um certo desconforto, pensando: a má noticia é que tem um ônibus atrás de mim, a boa noticia é que ele vai ter que parar pra pegar passageiro), percebi que dava tempo de parar pra conversar com ele.

Eu disse: "Obrigada! To te reconhecendo! Já é a segunda vez que vc é gentil comigo! Obrigada mesmo!". Ele sorriu.
Falha minha, não descobri o nome dele... e esqueci também a linha que ele faz, mas o ônibus é azul e ele sobe a Rua Augusta, sentido Av.Brasil- Paulista e as duas vezes que o vi foi por volta das 16hs.

Acho que eu fiquei tao emocionada por ver uma gentileza tao rara numa cidade como Sao Paulo, onde a maioria briga por um espaço, sem pensar quais as consequencias dessa briga, que nem consegui saber mais coisas. Eu só estava grata por me sentir segura  pedalando na Rua Augusta, achando meu espaço.

Talvez ele tenha a consciência de que vamos chegar juntos la em cima de qualquer jeito: eu com minha própria força, ele levando uma tonelada nas costas, e parando em diversos pontos pra pegar passageiro. Nosso tempo de deslocamento será o mesmo ( como realmente foi).
Talvez esse motorista tenha a consciência de que tanto faz se eu estou na frente ou atrás, na hora que o próximo farol fechar, um alcançará o outro e estaremos ambos ali, fazendo parte da mesma cidade, cada um com seu tamanho, cada um com sua função, cada um ocupando seu espaço e suas limitações.





Depois de perguntar pra alguns funcionários da Mostra e do Cinesesc onde eu poderia deixar a bicicleta, acabei deixando ali no poste mesmo... a deriva... Pedi pra um menino da Mostra, que ficava bem ali na frente, com visão total, pra dar uma olhadinha básica. Foi ai que ele me alertou: Tem estacionamento para bicicletas ali embaixo, e chamou um menino ciclista, que trabalha no bicicletário pra me acompanhar. Ele me contou que eu era a segunda pessoa desde o início da Mostra a procurar o bicicletário no Cinesesc. Talvez por isso a falta de informação entre os próprios funcionários.

E realmente, quando cheguei no estacionamento, todas as bicicletas que a Mostra estava alugando, estavam lá, intactas. Mesmo assim, adorei a iniciativa. Imagino que no ano que vem já tenham mais adeptos, e espero que cada vez mais.



Depois do filme, deu tempo de subir até o Conjunto Nacional e me proteger da chuva que caiu no início da noite. A idéia era ir pro MASP, onde estava passando um filme do Woody Allen no vão livre. Mas esperei, esperei, esperei a chuva passar e nada,... ai comprei uma capa de chuva na banca da Paulista e fui feliz! Cheguei, o filme já estava acabando... ainda pedalei ate a Estação Consolação pra pegar o metrô e vir pra casa.




ps: O que me deixou ainda mais feliz na história do motorista, foi que eu já tinha parado um outro ônibus na Av. Pedroso de Morais, perguntando se ele sabia da distância de 1,5m. Porque eu passei uns 5 minutos com as pernas tremendo, parada, me recuperando do susto, depois da FINA que ele tirou de mim. Como já li no blog "Vá de bike", fazendo isso, ele pode derrubar o ciclista só de susto. E é verdade.

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