terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Cidade se redesenhando na última semana de janeiro

Liberdade.
Cesto de lixo torta por causa da árvore que caiu na rua.
Vila Madalena


Estação Sumaré.


 Av. Paulista


 Vila Madalena

 Vila Madalena
 Indo em busca da bicicleta do World Bike Tour, pela outra ponte.
 Bicicletas minha e do Gabriel, estacionadas no Pirajá, enquanto almoçávamos.

Feijão no Pirajá.

Será que não dá pra fazer nada pra mudar mesmo????

Ontem publiquei no facebook um video feito pela jornalista Natália Garcia sobre as  questões de São Paulo, na verdade, a resistência de São Paulo contra as ciclovias, e ninguém deu a menor bola.... rs...rs..
Natalia Garcia tem um projeto interessante. Ela passa um mês em cada cidade pedalando e descobrindo novas soluções para São Paulo. ( o projeto chama-se "Cidade para pessoas").


http://cidadesparapessoas.com.br/


Nós temos espaço ( mal-aproveitado, mas temos), agora nós temos dinheiro, estamos esperando o que mesmo?


O vídeo é esse:





O fato da cidade ser grande, ter muitas ladeiras, entre outros, todas essas questões não são impedimento para transformar São Paulo. 
Quanto mais gente disposta a pedalar puder fazê-lo com segurança, mesmo que use bike + transporte público, menos gente nos carros, portanto: também melhora pra quem quer continuar dirigindo.

No final do dia subi a Rebouças pedalando pra encontrar um grupo de pessoas pra... pedalar... rs ...
Brincadeirinhas a parte, nós nos falamos no final do dia porque estava uma tarde lindíssima, digna de um pedal.
Cada um se despachou do jeito que pôde e nos encontramos as 19hs na Praça do Ciclista.


Resolvi ir pela Av.Rebouças e descobri que subir a Av.Rebouças não requer muito condicionamento físico. Pelo menos consegui subir sem grande esforço.
O curioso é que SUBI mais rápido do que os carros. Só no final dela, um pouquinho antes de chegar na Paulista é que a subida fica um pouco mais íngreme. Pra quem não está acostumado, empurrá-la por um quarteirãozinho tudo bem, né?


Atenção: o farol está VERDE.

Fico imaginando se todos esses carros fossem bicicletas, e todos estivessem descendo a av Rebouças felizes!

Atenção: além dos carros tentando se movimentar na avenida, há ainda dois parados na calçada, do lado direito, atrapalhando os pedestres.





O carteiro e a bicicleta

Aqui em São Paulo não é comum vermos carteiros nas bicicletas. Lembrei dos filmes europeus, e lembrei das cenas do filme "Jour de Fete", de Jacques Tati. 


Imagem tirada do site www.cinefrance.com.br






















Obviamente nossa cidade não pode ser comparada as cidadezinhas européias, nem a um filme do Jacques Tati, mas em muitos casos faria sentido usar a bicicleta para o deslocamento.


Vi o carteiro da minha rua e pensei: porque ele não faz as entregas de bicicleta?


Voltando de um trabalho, eu pedalava pelas ciclorrotas invisíveis do Alto de Pinheiros, quando encontrei o carteiro Renato. 


Ele me deu uma boa razão para não fazer as entregas de bike: "não dá, a gente mais pára do que anda. Aqui ainda a distância entre uma casa e outra é grande, mas lá pra cima, as casas são geminadas ( sim, ele estava se referindo ao meu bairro...), aí ja viu, né?".


Mas confessou que aos sábados vai de carro de Carapicuíba até a ponte Transamérica, e leva a bicicleta no porta-malas. Estaciona o carro e vai até o Alto de Pinheiros de bike.


Por que sábado? "Porque sábado eu só entrego SEDEX. Aí não preciso parar tanto!"


Contou que no feriado tentou pegar a ciclovia da Marginal mas estava fechada devido a um evento grande de bicicletas (ele se referia ao World Bike Tour). Então aproveitou e foi pela Marginal. Adorou.
Combinei que num sábado que eu estiver por aqui, vou lá conferir suas pedaladas!
O carteiro Renato, que aos sábados entrega SEDEX de bike.









quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Pinheirinho e seres humanos...Pensando sobre os valores de hoje...














CIDADANIA


"Cidadania  é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive.
O conceito de cidadania sempre esteve fortemente "ligado" à noção de direitos, especialmente os direitos políticos, que permitem ao indivíduo intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao votar (direto), seja ao concorrer a um cargo público (indireto).No entanto, dentro de uma democracia, a própria definição de Direito, pressupõe a contrapartida de deveres, uma vez que em uma coletividade os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento dos deveres dos demais componentes da sociedade."
fonte: Wikipédia



Depois de publicar o post sobre meu tombo na chuva esses dias, e questionar os valores da nossa cidadania, hoje vi esse teaser de um documentário sobre o trânsito x cidadania.




Exatamente isso que perdemos com o nosso individualismo, a nossa pressa: o conceito de cidadania. O que é ser cidadão, afinal?


Outro dia, entrando no elevador, vi uma senhora de bengala abrindo o portão do prédio da minha mãe. Meu pensamento imediato e individualista foi "vou subir logo e mandar o elevador pra baixo, ela vai demorar tanto...". E logo depois pensei: "pera aí, no maximo ela vai levar um minuto pra chegar até aqui". E qual a minha pressa? Afinal hoje é sábado e eu estou visitando a minha mãe, sem nenhum horário. Esperei, ela me agradeceu, pediu desculpas por ter demorado (olha só a inversão de valores), e me desejou bom dia, boa vida, bom tudo e tudo de bom!


Um ato que deveria ser o normal, passou a ser um ato completamente inesperado, digno de desculpas, como se alguém que tivesse uma dificuldade estivesse atrapalhando o outro, que tem a tal da pressa ( e pra chegar exatamente aonde?)


Mas imagino que seja esse o pensamento involuntário que sempre passa na cabeça dos motoristas, quando o ciclista se posiciona na frente dos carros ( 1 - para ser visto, 2 - pra tomar a maior distância possível, quando o farol abre), ou quando o pedestre ameaça ( olha só a inversão de novo: pedestre x ameaça?) atravessar e o carro olha o farol que vai ficar verde em 3 segundos e dá aquela aceleradinha, mostrando que quem manda é ele.






PINHEIRINHO E OS DIREITOS HUMANOS


Pensando sobre a lametável invasão do Pinheirinho ( que ocorreu neste domingo, 22.01, em São José dos Campos) e depois de ver esse vídeo:


me pergunto também: 


1- O que é um ser humano
2 - Qual o valor de um ser humano na nossa sociedade? 


Digo um ser humano sem as "qualidades" necessárias que um ser humano precisa pra ter um carro, pra atropelar alguém e não ser punido, pra não abrir o vidro, pra não esperar o elevador...


Depois de ver esse vídeo, repito, indignada: 


Qual o valor do ser humano?


"Um humanoser humanopessoagente ou homem é um animal membro da espécie de primata bípede Homo sapiens ("homem sábio", em latim), pertencente ao género Homofamília HominidaeOs membros dessa espécie têm um cérebro altamente desenvolvido, com inúmeras capacidades como o raciocínio abstrato, a linguagem, a introspecção e a resolução de problemas. Esta capacidade mental, associada a um corpo ereto possibilitaram o uso dos braços para manipular objetos, fator que permitiu aos humanos a criação e a utilização deferramentas para alterar o ambiente a sua volta mais do que qualquer outra espécie de ser vivo." ( fonte: wikipédia)


Essa é a definição, mas onde está esse valor é o que me pergunto. O que exatamente difere o ser humano de um número, de um animal, de um pedaço de gente, de uma interferência na paisagem, de uma interferência num terreno...


Foi baseado nessa definição de ser humano que Jorge Furtado fez um curta-metragem inesquecível e premiadíssimo, em 1989 que pra mim ainda é muito atual, e não sei porque me lembrei dele hoje...


Afinal Naji Nahas e os moradores do Pinheirinho são seres humanos, portanto têm um telencéfalo altamente desenvolvido e um polegar opositor, mas algo muito importante difere Naji Nahas desses outros seres humanos...


LAMENTÁVEL...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

World Bike Tour - 25/01/2012

Depois que minha amiga Roberta cantou muitas vezes essa música, ela colou na minha cabeça até agora...




Ela tem razão: Valeu a pena (ê ê) participar, mesmo o percurso não sendo tão grande nem existindo grandes desafios. O desafio maior era conseguir chegar a tempo pra pegar a bicicleta, depois de ter descido no lugar errado no meio da Marginal.
Mas bom mesmo era poder pedalar pela Marginal Pinheiros!
Melhor ainda é fazer quem não pedala perceber que a distância entre o Morumbi e Pinheiros, dá pra fazer em menos de meia hora, sem grande esforço. Afinal são menos de 10 km...
Depois que eu percebi isso é que comecei a questionar como demorei tanto pra fazer a troca. Esses passeios ciclísticos são válidos pra isso. Se de 8.000 pessoas 10%, ou seja, 800 pessoas perceberem isso, já é um pequeno avanço para a cidade.
E, apesar de não ter uma placa indicando onde deveríamos descer, nem nos deixarem atravessar pela ponte pra pegar as bicicletas do evento ( tivemos que dar a volta pela marginal Pinheiros a pé pra atravessar pro outro lado), o evento foi tranquilo, saiu no horário certo e nao houve tumultos.
Encontramos conhecidos, e conversamos com desconhecidos pelo caminho, o que tornou o passeio mais divertido!























Efeito Endorfina!

Marginal só nossa! 

Cidade se redesenhando terceira semana de janeiro

Rua Costa Carvalho


Vila Beatriz

Vila Beatriz

Alto de Pinheiros

Rua Heitor Penteado

Al. Campinas.


Rua Augusta