sábado, 10 de setembro de 2011

A deriva - Piquenique de Primeira








À deriva no Ceasa

Ceasa

A CEAGESP – Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo – surgiu em maio de 1969, da fusão de duas empresas mantidas pelo Governo de São Paulo: o Centro Estadual de Abastecimento – CEASA – e a Companhia de Armazéns Gerais do Estado de São Paulo – CAGESP. A empresa que centralizava o abastecimento de boa parte do País rapidamente consolidou sua atuação nas áreas de comercialização de hortícolas e armazenagem de grãos.


Em 1977 a comercialização atingiu o recorde de 6,2 mil toneladas de produtos vendidos num só dia e superou o maior mercado do mundo, o Paris-Rungis, na França. Ainda hoje, o Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) é considerado um dos maiores centros de comercialização atacadista do mundo, com a movimentação de 250 mil toneladas de frutas, legumes, verduras, pescados e flores a cada mês. 




No final dos anos 70, a empresa iniciou o processo de descentralização, inaugurando em São José do Rio Preto a primeira unidade de comercialização fora da Capital. Atualmente, a Companhia mantém doze unidades no interior, próximas a pólos de produção e consumo.




Na mesma época, a empresa também investiu no atendimento ao consumidor. Em 1979, criou o primeiro varejão com produtos frescos a preços controlados. Em 1983 vieram os sacolões para vender legumes e verduras por quilo a preço único. Em 1984, surgiram os comboios, que funcionavam como mini-varejões. E em dezembro de 1994 a CEAGESP colocou em funcionamento o Varejão Noturno no Entreposto da Capital.




Um ótimo programa para quarta-feira a noite:  Feira + comidinhas + cerveja ( ou caldo de cana). Em comidinhas, leia-se: pastéis, tempurás, sushis, yakissoba, milho, churrasquinho, churros, sopa de cebola, etc. 











Se perder na quarta-feira, no domingo de manhã tem também.

Pra saber mais sobre sua história, horários e atividades, acesse:
Ceasa : Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 - Vila Leopoldina


ps: Era uma quarta-feira e  eu estava lá fazendo compras e fotografando no final do dia, quando fui presenteada por essa tempestade. Presenteada de verdade, por que apesar de ter que esperar muito tempo pra voltar pra casa, consegui fazer essas imagens, que me deixaram bem feliz!

À deriva no Minhocão

Minhocão ( Elevado Costa e Silva)


Uma obra que causou um impacto enorme na paisagem urbana de São Paulo, erguida em 11 meses pelo então prefeito da cidade Paulo Maluf, inaugurado em 1970, ja foi causa de grandes discussões sobre arquitetura, e também, por sua estranheza e particularidade, já serviu de cenário para alguns filmes, como Terra Estrangeira, de Daniela Thomas e Walter Salles, Não por Acaso, de Phillipe Barcinscki e  Ensaio sobre a Cegueira, de Fernando Meirelles. 



O curioso é que a maioria dos diretores que filmou o minhocão não nasceu em São Paulo.


O fato é que o minhocão e seus arredores provocam grande curiosidade nos paulistanos e em quem vem de fora também.
Em 2007 uma grande loja americana produziu seu catálogo aqui em São Paulo, usando o minhocão como uma de suas locações prediletas.


Em 1976 passou a ser interditado a noite, para evitar acidentes e diminuir o barulho pros moradores da região.






Agora é fechado para carros de segunda a sábado das 21:30 as 6:30 da manhã e aos domingos e feriados. 
Aberto nesses horários só aos pedestres e ciclistas, que fazem sempre que podem um bom uso do espaço!



Um documentário interessante e muito bem filmado foi feito sobre ele. Consegui o trailer.





E depois foi exibido para os moradores.




Em 2008, um grupo de amigos fez uma intervenção urbana, que resultou nesse video, premiado em Nova York.





Para mais informações sobre sua história:

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A teoria da Deriva - A origem do blog


"... Apesar de ser inúmeros os procedimentos de deriva, ela tem um fim único, transformar o urbanismo, a arquitetura e a cidade. Construir um espaço onde todos serão agentes construtores e a cidade será um total.
Essas idéias, formuladas pela Internacional Situacionista entre as décadas de 1950 e 1970, levam em conta que o meio urbano em que vivemos é um potencializador da situação de exploração vivida. Sendo assim torna-se necessário inverter esta perspectiva, tornando a cidade um espaço para a libertação do ser humano.
A deriva tem Guy Debord como um dos seus maiores entusiastas e estudiosos. Este autor formulou o início da Teoria da Deriva em 1958 e publicou na então Revista Internacional Situacionista. Desde então estudiosos, acadêmicos ou não, experimentam esse procedimento com interesses que vão deste simples estudos de uma cidade até a elaboração de dissertações e teses. Atualmente muitas pessoas que estudam geografia urbana, e muitos coletivos que questionam a urbanização experimentam a deriva como forma de estudo e de práxis política."
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_deriva

"... tornando a cidade um espaço para libertação do ser humano".

Foi isso que aprendi rapidamente quando tornei a bicicleta, antes um objeto de lazer durante o final de semana, num meio de transporte prático, barato e funcional , além de ver e observar coisas interessantíssimas pela cidade.
Estando no carro eu via o mundo pela televisão. Agora participo dele. No carro, eu era um dos milhões de motoristas preocupados com a minha pressa, o meu compromisso, A MINHA VIDA. Hoje sou uma pessoa preocupada com a NOSSA CIDADE, principalmente porque não tenho mais problemas com o trânsito. A bicicleta me trouxe uma liberdade que o carro sempre me tirou, e eu nunca havia notado.
É como se o ser humano se acostumasse a viver numa cidade, que é assim e pronto.
E continuar tendo 2 ou 3 carros na garagem pra driblar o rodizio, pra ir até a padaria ou farmácia... e continuar achando que isso NAO é problema seu, já que ele sozinho nunca poderá fazer nada, não é mesmo?
À deriva na Av. Faria Lima, esperando a chuva passar. Me atrasei 15 minutos por conta disso, mas de carro me atrasaria uma hora. E ainda por cima fui presenteada com este arco-iris.