quarta-feira, 30 de maio de 2012

Chegaram as laranjinhas em Sampa.



Foi inaugurado em São Paulo o sistema de bikes compartilhadas do Itau. O sistema existe no Rio há menos de um ano e é um sucesso.
Claro que não podemos comparar as duas cidades: uma é plana, outra não. Uma é pequena, outra não. uma tem 160 km de ciclovia, outra ainda batalha uma ciclovia na Faria Lima ( faço questão de repetir isso sempre, porque é inadmissível que não exista uma ciclovia ligando o Ceasa até o Ibirapuera), e principalmente: uma aceita a bicicleta como parte da cidade e outra AINDA não.


A princípio as bikes estão disponíveis na região da Vila Clementino/Vila Mariana, e depois serão colocadas próximas ao parque do Ibirapuera e Av. Paulista.
Até o final do ano teremos 1.000 bicicletas em São Paulo.

O que muda em São Paulo? 

Este número parece pouco para uma cidade do tamanho de São Paulo, mas achei a escolha do bairro interessante. O bairro da Vila Mariana é um bairro antigo e simpático da cidade, e com muito movimento de carros e pedestres. As "laranjinhas" ( como foram apelidadas no Rio) estão despertando curiosidade e boa aceitação entre os moradores.



A maioria dos deslocamentos que causam 200 km de trânsito é feita por carros que percorrem média de 6 km. Se for possível ter a opção de fazer este percurso de bicicleta quem realmente precisar se deslocar por uma distância grande, poderá fazer sem trânsito. Talvez no começo haja alguma resistência, porque muita gente ainda acredita que não é possível andar de bicicleta em São Paulo, mas com o tempo, acredito no sucesso do projeto.

Não sei se minha observação faz sentido, mas penso que um banco que tem o nome como o Itau, só agrega valores a cultura da bicicleta.
Explicando melhor: ao observar uma bicicleta, algo tão frágil, porém "protegida"por uma instituição financeira de grande porte, talvez isso consiga mudar a mentalidade de alguns cidadãos paulistanos e pode ser que eles consigam aceitá-las como parte do trânsito da cidade.

http://www.youtube.com/watch?v=6kRaJJa5IzQ&feature=youtu.be

Apesar do projeto ser uma parceria entre o Itau e prefeitura de São Paulo, a grande questão é que as bicicletas não vem acompanhadas de uma estrutura segura.

Bicicletas foram pintadas no asfalto nas ruas do bairro sinalizando as ciclorrotas, mas não há uma faixa separando as bikes dos carros. Então há uma grande curiosidade entre os moradores, mas não há segurança suficiente para quem pedala.

Particularmente eu concordo com a sinalização e o compartilhamento da pista na Vila Mariana.
Mas pra quem ainda não se acostumou fica complicado se arriscar no meio dos carros.

E ai fica a pergunta pros nossos governantes: Quando será que a gente vai poder contar com uma estrutura que realmente funcione na cidade inteira?



Sim, a cidade acaba de ser presenteada com 1000 bicicletas e espero que saiba retribuir. Mas acredito que saberá. Desde que troquei o carro pela bicicleta, só fui recompensada.



Pra quem quiser saber como funciona o sistema operacional, este link explica tudo.



terça-feira, 29 de maio de 2012

Posições situacionistas a respeito do trânsito



O que me fez transformar um monte de ideias que eu tinha num blog foi um texto sugerido pelo Cláudio Tozzi, professor da FAU, quando eu fui procurá-lo pedindo ajuda para um projeto de fotos.

Eu tinha feito uma série de fotos nos parques, durante minhas pedaladas pela ciclofaixa aos domingos, e queria me aprofundar um pouco mais.

O texto falava sobre a teoria da deriva, que está na abertura do blog.

Todo mundo que descobre a bicicleta carrega um pouco dessa teoria, mesmo sem saber.

Porque é imediato a mudança na relação com a cidade e no ponto de vista.

Enfim, isso me levou a querer fazer uma pós-graduação, e aqui estamos!

Vou publicar o texto de Guy Debord, escrito em 1959 sobre o trânsito.

1.

O erro de todos os ubanistas é considerar o automovel individual ( e seus subprodutos, como a motocicleta) essencialmente como meio de transporte. A rigor, ele é a principal materialização de um conceito de felicidade que o capitalismo desenvolvido tende a divulgar para toda a sociedade.  O automovel, como supremo bem de uma vida alienada e, inseparavelmente, como produto essencial do mercado capitalista esta no centro da mesma propaganda global. ouve-se com frequencia, este ano, que a prosperidade econômica norte-americana dependerá em breve do exito do slogan: "Dois carros por familia".

2.

O tempo gasto nos transportes, como bem observou Le Corbusier, é um sobretrabalho que reduz a jornada de vida chamada livre.



3.

Precisamos passar do trânsito como suplemento do trabalho ao trânsito como prazer.

4.

Querer refazer a arquitetura em função da existência atual, maciça e parasitária dos carros individuais é deslocar os problemas com grave irrealismo. É preciso refazer a arquitetura em função de todo o movimento da sociedade, criticando todos os valores efêmeros, ligados a formas de relações sociais condenadas ( a familia é a primeira delas).

5.

Mesmo que seja possível admitir provisoriamente, num período de transição, a divisão absoluta entre zonas de trabalho e zonas de habitação, será necessário ao menos prever uma terceira esfera: a da vida em si ( a esfera da liberdade dos lazeres - a verdade da vida). Sabe-se que o urbanismo unitário não tem fronteiras; pretende constituir uma unidade total do meio humano no qual as separações do tipo trabalho-lazer e coletivo-vida privada serão dissolvidas. mas, antes, a ação minima do urbanismo unitário é o terreno de jogos estendidos a todas as construções desejaveis. Esse terreno terá o grau de complexidade de uma cidade antiga.

6.

Nao se trata de combater o automovel como um mal. Sua exagerada concentração nas cidades é que leva a negação de sua função. E claro que o urbanismo nao deve ignorar o automovel, mas menos ainda aceita-lo como tema central. Deve trabalhar para o seu enfraquecimento. Em todo caso, pode-se prever sua proibicao dentro de certos conjuntos novos assim como em algumas cidades antigas.

7.

Quem julga que o automóvel é eterno não pensa, até do mero ponto de vista técnico, nas futuras formas de transporte. Por exemplo, certos modelos de helicóptero individuais que estão sendo agora testados pelo exército dos Estados Unidos encontrar-se-ão ao alcance do público talvez daqui a menos de 20 anos.

8.

A ruptura da dialética do meio humano em favor dos automóveis ( há projetos de abertura de auto-estradas em Paris que acarretarão a desturição de milhares de moradias, enquanto a crise habitacional se agrava cada vez mais) disfarça a própria irracionalidade sob explicações pseudopráticas. Mas sua verdadeira necessidade pratica corresponde a um determinado estado social. Os que julgam os dados do problema permanentes querem, de fato, crer na permanência da sociedade atual.

9.

Os urbanistas revolucionários não se preocuparão apenas com a circulação das coisas, nem apenas com os homens paralisados num mundo de coisas. Tentarão romper essas cadeias topológicas por meio da experimentação de terrenos , para que os homens transitem pela vida autêntica.



quinta-feira, 24 de maio de 2012

Voltando de bike da escola!



Há mais ou menos 2 meses, quando os caminhões não puderam entrar na cidade e começou a faltar combustível, meu filho, de 8 anos me perguntou: "mãe, se acabar o combustível na cidade não vai mais ter carro? nem ônibus? nem moto? Então finalmente vou poder ir de bike pra escola?"

Num outro dia, aproveitei a ciclofaixa pra levá-lo na casa do amigo. Como era proximo a escola, ele questionou: "porque nao podemos ir pra escola de bicicleta?".

"Porque nos dias de semana não há ciclofaixa."

Pensando nessas observações e no trânsito de 249 km que fez hoje devido a greve dos metroviários em SP, resolvi quebrar um paradigma e buscá-lo na escola.

A escola dele fica a 5 km de casa. Desrespeitei a lei que proíbe bicicletas na calçada, mas achei mais seguro. Ele veio na minha garupa. Fui perdoada por pedestres e protegida por motoristas gentis que paravam para que eu atravessasse com segurança.

Sim, fiz minha parte como cidadã, contribuí para uma cidade mais humana, menos caótica, e deixei meu filho muito feliz!

Fico muito orgulhosa de poder compartilhar com ele essa cidade maravilhosa que enxergamos da bicicleta!







Viagem perfeita é assim: de bike do começo ao fim!

Viagem perfeita é assim: de bike do começo ao fim.


Na Praça Panamericana, encontrando Alexandre e Sandra, pra sairmos pro ponto de encontro.

Bike pronta pra viagem!
O ponto de encontro seria em Interlagos, então encontrei a Sandra e o Ale na Praça Panamericana pra sairmos em direção a ciclovia da Marginal Pinheiros. 
Pra nossa surpresa e alegria, nossa amiga Roberta Godinho, a energia e fotógrafa oficial dos pedais apareceu pra nos acompanhar até lá.
Encontramos o Andretta e o Zé Renato na Estação Vila Olímpia e seguimos pra estação Jurubatuba.
A sensação de sair com a malinha no bagageiro da bike, e cruzar a Praça Panamericana as 17 hs sem pegar aquele trânsito infernal de véspera de final de semana com sol é indescritível. E ainda ganhamos um por do sol de presente!
Foto da Roberta Godinho







Roberta Godinho em ação






Outra coisa que já percebi há algum tempo, mas que cada vez fica mais evidente: quem não anda de bicicleta não conhece metade do que a cidade nos oferece! Pedalar nessa ciclovia a noite, tirando o cheiro do rio, te faz perceber a cidade de outro ponto de vista. E é um belo ponto.
Chegamos em Jurubatuba as 18:30, na hora do rush. 
Roberta Godinho, sem perder um detalhe...


Encontra os amigos, come um sanduba, toma uma cerveja, põe as bikes no ônibus, e lá vamos nós! Rumo ao Rio de Janeiro! Direto abraçar o Cristo.
Minha primeira viagem totalmente de bike! Felicidade e realização!






sexta-feira, 18 de maio de 2012

Limão

Mandei essa criação pra rede itsnoon, participando de uma chamada que o Itau Cultural fez sobre o papel da bicicleta na sociedade.



A bicicleta é um simbolo de transformação. Sozinha, ela pode transformar uma vida. Muitas delas juntas podem transformar uma sociedade inteira.
Esse objeto, tão simples e sustentável, está muitas vezes associado a um grande movimento de mudança. São as rodas que movem a energia, que ajudam a dar um novo sentido a vida e tornam a batalha do dia a dia muito mais divertida! 
Por isso, se a vida te der um limão, faça uma bicicletada! 

Mandei algumas outras peças, mas essa que fala sobre transformação é a que mais acredito.

Agradecimentos a Jose Renato Bergo, que me ajudou na arte!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Educando motoristas e ciclistas na cidade planejada para carros.





Há uma semana a CET espalhou faixas pela cidade começando uma campanha para educar motoristas e finalmente inserir os ciclistas como parte do trânsito da cidade.
Um passo bem importante, já que a quantidade de ciclistas aumenta a cada dia, assim como a quantidade de acidentes fatais envolvendo bicicletas. Poderia até dizer uma conquista histórica, porque é a primeira vez que o ciclista COMEÇA a ser VISTO como parte da cidade. Digo "começa" porque até que ele seja totalmente visto ainda faltam muitas medidas.
A bicicleta é considerada um veículo no CTB ( Código de Trânsito Brasileiro), mas é a primeira vez que isso é exposto dessa forma.


A CAMPANHA


Para os motoristas, as faixas pedem para:


- darem prioridade aos ciclistas
- reduzirem a velocidade na ultrapassagem 
- respeitarem o ciclista, mantendo uma distância segura.


1,5m é a distância recomendada. Como vou calcular 1,5m? Simples: basta não tirar uma fina, basta não compartilhar a mesma faixa que o ciclista está ocupando (a da direita) e mudar de faixa para ultrapassa-lo.





Como aqui no Brasil tudo funciona na base da multa, ok, não tem outro jeito, então vamos lá. A partir do dia 14/05 motoristas serão multados ao cometerem essas infrações.


Para os ciclistas:


- respeitarem a sinalização do trânsito
- andarem no bordo da pista.
- andarem no mesmo sentido que os carros
- respeitarem o semáforo.






QUAL SEMÁFORO? O SEMÁFORO FEITO PARA CARROS ?


Há uma questão bem importante que não está sendo levantada:
São Paulo foi toda planejada para carros. OS SEMÁFOROS FORAM FEITOS PRA CARROS, inclusive pedestres não conseguem atravessar em certos pontos da cidade, mesmo com semáforos exclusivos. Quem anda direto a pé pode comprovar: apertar o botão é a mesma coisa que não apertar nada.



Portanto, respeitar essa sinalização para um ciclista é questionável.


Vou explicar melhor:


Quando o ciclista aguarda o semáforo abrir entre a faixa de pedestres e o semáforo ( e não entre a faixa e os carros) é por alguns motivos
1 - para ser visto pelos motoristas.
2 - para conseguir arrancar um pouco antes dos carros, já que ele demora um pouco mais para "dar a largada", principalmente nas subidas.
3 - pra liberar a saída dos carros quando abre o semáforo.


São os mesmos motivos que levam muitos ciclistas a cruzarem o sinal vermelho.


São regras invisíveis, que ninguém nos ensina quando começamos a pedalar, mas se tornam frequentes pela própria segurança de quem pedala.


Não justifico a suposta imprudência, mas que tal termos semáforos exclusivos abrindo 6 ou 8 segundos antes dos carros? Aí possibilitaria que o ciclista saísse realmente em segurança.


Fiz um texto bem detalhado sobre o comportamento do ciclista na cidade planejada para carros, as medidas que outras cidades adotam, e principalmente o eterno questionamento sobre cruzar o farol vermelho.


CARRO X BIKE

Quem está acostumado a andar de carro, não tem ideia de como nossa cidade é pequena, plana (sim, ela pode ser plana dependendo dos caminhos escolhidos), dos cheiros e dos barulhos agradáveis que ela pode ter. A cidade só parece grande pela quantidade de tempo que as pessoas passam dentro dos carros. Concluí que eu levo sempre o mesmo tempo pra chegar nos lugares de carro e de bike. Com algumas diferenças:


Num eu fico parada, no outro eu estou em movimento. 
Num eu gasto gasolina, no outro eu libero endorfina. 
Num eu engordo, no outro emagreço. 
Num eu fico estressada, no outro eu fico feliz!





Ainda falta muito pra São Paulo ser perfeita para as bicicletas, mas essa iniciativa ja é um grande avanço.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

W x C em SP - capítulo 2

Escola Lumiar


Um dos motivos do Nic e da Kristina terem vindo pra cá foi a metodologia de ensino proposta pelo Ricardo Semler, fundador da escola Lumiar.
Mandei um email para a Marina, diretora, me apresentando e falando um pouco sobre a viagem do casal, que se interessava muito em conhecer a escola.
Coincidentemente eles teriam um evento nesse dia, mas ainda não tinham decidido qual. 
Então o evento foi um delicioso passeio pelo centro de São Paulo seguido de um super café da manhã e um bate papo com os alunos e seus pais.


foto da Roberta do Bike and Beer




Foto do Alexandre Carnicelli

Foto do JP Amaral

Foto do Alexandre Carnicelli



As crianças se divertiram com a bicicleta do Batman ( como batizou minha amiga Roberta Matheus). 









Os adultos tiveram a oportunidade de conhecer os projetos World by Cycle e um pouco do World Bicycle Relief. O casal teve a oportunidade de conhecer a escola Lumiar e todos juntos tivemos a oportunidade de pedalarmos pelo centro de São Paulo, com a ajuda da Teresa d' Aprile, do Saia na noite e do pessoal do Bike Anjo.


Teresa, do Saia na noite, e J P Amaral, do Bike Anjo


Infelizmente, prezando pela segurança de todos, tivemos que limitar o passeio a crianças maiores de 12 anos e as pequenas somente nas cadeirinhas, com seus pais.


A bat bike


O que tem nas bikes do Nic e da Kristina? Tem tanta coisa que é melhor perguntar o que não tem.


Foto da Roberta do Bike and Beer
Kit de primeiros socorros
Utensílios de cozinha
Ferramentas pra bike
Um "raio" que dispara pra matar bactérias. (Eles podem pegar água de qualquer lugar).
Roupas /casaco/capa de chuva
Cobertor
Sabão em pó/shampoo/tudo em pequenas embalagens.
Barraca
i pad/ câmera e acessórios
Placa de energia solar ( esse é o que eu mais gosto!).


Ele pode pedalar com a placa atrás da bike, captando energia solar e depois consegue carregar o ipad, celular, qualquer coisa estando no meio do nada.
É a bicicleta completamente sustentável.


Por isso minha preocupação em largar os dois sozinhos "explorando" São Paulo.


Copos de café


Outra coisa que eu adoro é o copo com tampa pra tomar café. Nós deveríamos produzir esses copos nas empresas. Cada pessoa que toma um cafezinho joga o copo de plástico no lixo. Uma pessoa que tome 4 cafezinhos por dia produz um lixo de mais de 100 copinhos por mês. Se uma empresa tem 500 funcionários, faça as contas. Não seria muito mais óbvio cada funcionário ter seu próprio copo pra tomar café?


Lixo


Outra história interessante que a Kris me contou foi sobre passar 3 meses sem produzir lixo nenhum, como comprar só o sabão em pó, sem a embalagem ou produzir seu próprio shampoo. Pedi pra ela me escrever os detalhes, porque com certeza, em inglês, depois de uns copos de vinho perdi muitos deles.


Ciclovila/ Tag/ Pasquale


Saindo da escola, pedalamos até a ciclovila = parque de diversões. 







Toma açaí, come bolo de banana, toma suco de uva, e vai!
Vai direto pra Tag and Juice trocar o suco de uva pela degustação de vinho.
A Teresa já quis levar a garrafa. Não entendam mal. Ela só queria o rótulo mesmo.






Falando sobre a descoberta da bicicleta. Foto do Nic Arney - World x Cycle

Toma vinho, fala sobre bikes, pira no beco do Batman, e vai!
Vai pro Pasquale jantar. E tomar mais vinho, e conversar com um novo amigo da bike, que veio do Texas pra cá.... De bicicleta, claro...




E quando cheguei em casa, ganhei um presentão do meu filho. 
Coisas da bicicleta...




E queria agradecer muito a:


Escola Lumiar - pelo cafe da manhã maravilhoso e pela oportunidade dessa troca
Bike Anjo - pelo segurança do nosso passeio
Teresa d'Aprile - por toda a ajuda desde o começo do projeto
Denize Markman - por toda a ajuda desde o começo do projeto
Scoobike - pela divulgação e venda dos adesivos
Tag and Juice - pela divulgação e venda dos adesivos
Ciclovila - pela divulgação e venda dos adesivos