terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Pedalando nos parques em São Paulo.

Parque do Ibirapuera - o lugar mais perigoso para pedalar em São Paulo.











Pôr do sol no Parque Ibirapuera.









Depois de pedalar por muitos dias seguidos no Parque do Ibirapuera, descobri que é mais perigoso pedalar lá do que na Av. Faria Lima.


No Ibira tem um tapete vermelho delicioso, lisinho, ótimo pra pedalar. 

Mas o fato é que as pessoas passam por lá sem as vezes notar que aquilo é de fato uma ciclovia. 

As 18 hs de um dia de verão, dá pra encontrar tudo nela: patins, skate, pedestres, crianças CRUZANDO a pista...aqueles cachorrinhos pequenos que esticam a coleira do dono lá do outro lado do parque, e as vezes, pasmem: bicicletas.


Exageros a parte, sempre cruzo muitos ciclistas por lá, mas também ja presenciei alguns acidentes. Nada grave, mas desagradáveis.

Hoje acabei fazendo um circuito alternativo: fui pela trilha de terra que circula o parque. Depois achei que eu tivesse descoberto a ilha do tesouro, quando me dei conta que estava pedalando na ciclovia infantil ( por dentro, muito bem sinalizada, mas falta sinalização no lugar principal: numa de suas entradas, que deve ser a saída supostamente, por isso a falta de sinalização).


E também com algumas imperfeições, como tudo o que fazem por aqui.


O que nasceu primeiro: a árvore ou a ciclovia?


Ciclovia infantil no Parque do Ibirapuera. Por uma entrada, percebe-se que é uma ciclovia infantil, mas pela outra não tem nenhuma sinalização.
Parque da Água Branca - Inacreditavelmente as bicicletas são proibidas.


Fomos num grupo de 5 pessoas fazer a nova ciclorrota, que liga o Parque Villa-Lobos ao parque da Água Branca.
No início não ha sinalização, ou se há, não notamos. 
Mas alguém já tinha feito esse caminho, chegamos até uma rua que tinham bicicletas grandes pintadas no chão e placas indicando o percurso. Percurso muito agradável, com ruas arborizadas, com direito a subidas e descidas...
São Paulo é assim, não tem jeito: uma hora ela ( a subida) chega.


Subida master... ( ps: o sorriso foi só pra foto ) Foto: Alexandre Carnicelli

Descida boa... Foto: Alexandre Carnicelli

Ruas tranquilas e arborizadas na Lapa. Bicicletas grandes pintadas na rua. Foto: Alexandre Carnicelli


Mas ao chegarmos no parque da Água Branca fomos surpreendidos pela informação de que as bicicletas são proibidas de circular lá dentro.
Conheço bem o parque. Imagino que seja por que é um parque pequeno e tenha muitos idosos andando por lá, mas não entendi exatamente essa restrição. 
Entendo que a ciclorrota seja uma forma de utilizar a bicicleta para se locomover de um parque até o outro, mas imagine a decepção de um ciclista, ao chegar no parque e ser obrigado a estacionar a bike...


Obs: uma crítica que faço a ciclorrota que vai do Parque Villa-Lobos ao Parque da Agua Branca é a indicação para pedalar na Rua Turiassu, onde uma pista vai, a outra volta e os ônibus trafegam em velocidade.




Rua Turiassu, parte da ciclorrota que liga o Parque Villa-Lobos ao Parque da Agua Branca. Foto: Alexandre Carnicelli




Parque Villa-Lobos







O Villa-Lobos é uma delicia para pedalar, embora nos dias muito quentes não tenha árvores suficientes para refrescar.
Nos dias de semana é vazio. 
Aos sábados e domingos antes das 9hs é possível dar umas voltas sem fazer teste de sobrevivência. 
Depois disso, apesar dos guardas sinalizarem o tempo todo para que os pedestres caminhem no meio do parque e as bicicletas circulem por fora, corremos os mesmos riscos que no Ibirapuera. Geralmente crianças mal orientadas pelos pais, que cruzam a ciclovia sem olhar para os lados.
Só um detalhe: não estou defendendo que os ciclistas usem parques para treinar velocidade.
Para isso temos a ciclovia da marginal e a USP, mais apropriados. 
Só acho que pedalar nos parques é um direito de todos, e que todos devem pedalar em linha reta, pela direita, na mão correta, respeitando os outros ciclistas.
Eu tenho um filho de 8 anos, e sempre que ele vai comigo, sabe que não pode cruzar a pista sem olhar para os dois lados.
O triste é que o parque fecha as 19hs. Em pleno horário de verão. No inverno fecha as 18hs. A vantagem é que daqui a um tempo terá metrô lá. Seria ótimo que ele tivesse iluminação e segurança suficientes para poder ficar aberto até a meia-noite.


Ciclovia do Parque Villa-Lobos domingão as 11:30 da manhã. Teste de sobrevivência. 
Entrada do parque nesse mesmo horário.


As 13 hs já os lixos já lotaram.


Concluindo, o que seria ótimo: permissão para pedalar no Parque da Água Branca ( com trajeto definido e velocidade máxima permitida), segurança e iluminação suficientes para o Parque Villa-Lobos fique aberto até as 23 hs e placas sinalizando e educando os pedestres e ciclistas em todos os parques. 


ps: Quando acabar a temporada de chuvas, vou pedalar em outros parques.



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